24 anos “com carinha de 15”, como diz ela. Gosta de música, dos mais variados estilos, inclusive pagode, “para se ouvir em casa, não ir pra show”; cerveja, “não importa o bar, do top de linha ao buteco, o importante é a companhia”; de festa, “já estou com o ingresso do show Beyonce e Ivete em mãos e vou para Salvador na quarta-feira”. Mora com a tia e, quanto a relacionamento, “mais enrolada que linha em carretel” brinca. Gislaine é também apaixonada por jornalismo, leitora do BF, ouvinte de rádio AM e começa a faculdade na área próxima segunda-feira. “Não consigo definir exatamente o que me despertou no jornalismo. Desde a infância tenho vontade. Quando tinha mais ou menos uns 10 anos estava passeando com meu pai e, por acaso, passamos na Rádio Carioca e entramos no ar em plena ronda policial. O radialista me perguntou o que eu queria ser quando crescer e respondi que seria jornalista, aí ele disse: ‘prepare-se pra morrer de fome’, mas nem isso me abalou”, brinca novamente. Para ela, mesmo com a inexigência do diploma para o exercício da profissão, o ambiente acadêmico tem a sua importância. “Ninguém nasce sabendo e todos precisam de um empurrãozinho. Quero ter com quem aprender tirar dúvidas... sei que a faculdade não é tudo, mas eu a vejo como uma ajuda”, disse. Gislaine terminou o ensino médio em escola pública há três anos, chegou a fazer cursinho pré-vestibular, mas não conseguiu trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Exerceu a função de almoxarife por cinco anos na Pirelli e atualmente é auxiliar administrativa. (Orisa Gomes)

(reprodução Blog da Feira )